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Transformações

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Visto que o mundo vem sofrendo transformações tanto na economia e na política quanto, quando nas  relações sociais durante todo o último ano de pandemia, somos levados a nos questionar como será o mundo pós-pandemia. Muito ouvimos falar sobre o “novo normal” como novo padrão de normalidade e uma vez que, “normal” significa regular, comum ou natural, não temos dúvidas de que é um tema bastante controverso.

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No contexto atual, as empresas tiveram que passar por diversos desafios para se adaptarem à nova realidade, o principal deles é o trabalho remoto e muitas até descobriram vantagens desse modelo “home office”. Segundo uma pesquisa da ISE Business School, depois do choque inicial, 80% dos gestores afirmaram gostar da nova forma de trabalhar. As empresas viram que é possível e até económico, muitas pretendem mantê-lo mesmo com o final da pandemia, às vezes não é necessário percorrer longas distâncias para fazer reuniões, além disso, causaremos menos trânsito e assim, menos poluição.

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Outro ponto que sofreu grandes mudanças foram os espaços de comércio, como lojas e restaurantes. Gustavo Reis, analista de competitividade do Sebrae, diz que “questões como o e-commerce, o crescimento do delivery e o teletrabalho já estavam no radar dos empresários, mas a pandemia colocou essas mudanças na ordem do dia”. Entrar para o meio digital se tornou uma questão de sobrevivência para muitos. Um levantamento da Infobase Interativa nos mostra que 13% da população fez sua primeira compra on-line por causa das medidas de distanciamento, em meio aos que já tinham esse costume, 24% aumentaram as compras pela internet. A pandemia trouxe uma evolução digital entre os clientes e empresas.

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O mundo todo está tendo sua economia afetada e esse pode vir a ser um grande problema para a maior parte das indústrias e empresas brasileiras, não só pela desvalorização do real, mas já existe um histórico de barreiras comerciais impostas pelas nações mais desenvolvidas em períodos pós-crise, além do fato de que a crise afetou os países em diferentes momentos, portanto, alguns países irão sair da crise primeiro que outros, para superar isso será necessária uma compreensão maior da geopolítica global.

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Outro desafio não só para as empresas, como para toda a população, é a saúde mental. Com o modelo home office alguns funcionários podem ser considerados menos necessários e com a crise, há um grande aumento no número de demissões, o que não afeta somente a economia, como o psicológico dos trabalhadores. De acordo com um artigo da PEBMED, problemas de saúde em geral vêm sendo comuns pois, com o isolamento, os hábitos das pessoas mudaram, o que está causando índices de depressão, ansiedade, obesidade e vícios ou compulsões por comida e outras substâncias. A preocupação tanto dos líderes como dos funcionários cresceu por questões como: insatisfação com estrutura do trabalho em casa, falta de convívio social, problemas financeiros, além da preocupação com a saúde.

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Algumas dessas mudanças ficarão apenas durante o período de pandemia, outras se manterão, em momentos de crise precisamos nos adaptar à mudanças, controle das situações e comunicação são importantes tanto durante, como no pós-pandemia, nós conseguiremos entender os impactos dessa época apenas nas próximas décadas. 

 

Sabrina Toledo Minholi

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