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Trabalho e Arte Pela Avenida

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  Foto: Sabrina Toledo

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contou um pouco sobre as dificuldades de trabalhar como artista de rua. Josefina Siro de 32 anos e Rocio Romero de 36 disseram que muitas vezes as pessoas não entendem que esse é o trabalho delas: “Elas te consideram um artista, mas não entendem essa forma de vida do chapéu, não entendem como realmente um trabalho”.

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Muitas pessoas veem a arte de rua como um hobby ou até como algo ilegal, mas ela é sim uma profissão digna e linda, de quem está batalhando para trabalhar com o que ama. De acordo com a Lei n. 15.776/13, que dispõe sobre apresentação de artistas de rua no Município de São Paulo, os artistas podem sim trabalhar em lugares públicos e assim alegrar a vida da nossa Avenida Paulista e é como disse o grupo Las Martas: “Pra vida de uma cidade é muito saudável ter artistas de rua, a arte faz as pessoas acordarem, elas estão alienadas e a arte de rua consegue aparecer nos espaços e faz as pessoas lembrarem que estão vivas, que tem outra pessoa ali, que se emociona, elas se conectem com alguma coisa…”.

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Ainda é uma luta diária para quem depende da rua como público, em uma pesquisa do Movimento Artistas de Rua, 62% dos artistas acabam buscando outra forma de sustento, Josefina Siro e Rocio Romero citaram que sentem que as pessoas aqui em SP não entendem muito bem como funciona a arte de rua e o chapéu, que começaram a se sustentar vendendo discos.

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Sobre preconceito, as integrantes nos responderam que já sofreram muito “até da própria família, mas só acreditando em si, você consegue estar na rua. É uma escolha que precisa de uma grande dedicação, mas apesar de tudo, um dia você volta para um lugar onde já se apresentou antes, vê uma criança que cresceu e lembra de você e ficou marcada, aí realmente é incrível, quando você entende o poder do que está fazendo.”

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A escolha do jornal comunitário recaiu sobre os trabalhadores dessa avenida porque ela é um símbolo da nossa cidade, os trabalhadores são um símbolo dela e os artistas de rua são grande parte deles. A vida desses trabalhadores já foi retratada em um mini-documentário chamado “Os Donos da Rua” onde vemos o trabalho deles, e o presente artigo tem por objetivo a valorização desse trabalho, a valorização do artista de rua, ele deve ser respeitado, esse é o trabalho dele, ele faz parte e alegra a Avenida Paulista.

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   Vista da avenida/foto: Sabrina Toledo

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Artigo de Sabrina Toledo.

A Avenida Paulista é um dos maiores polos empresariais do país, lá vemos prédios e arranha céus, edifícios com todo tipo de arquitetura, onde milhares de pessoas trabalham todos os dias. Mas não é só nas empresas que encontramos trabalhadores, pelas ruas da avenida podemos ver vendedores e artistas, que conseguem seu sustento graças a quem passa pela avenida mais importante de São Paulo. Quando caminhamos pela avenida vemos arte por todos os lados, seja na arquitetura, em 

exposições ou nos artistas, que estão sempre lá, dançando, cantando, pintando… Mostrando sua arte e com ela batalhando pelo seu sustento.

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O artista de rua é muito desvalorizado. O jornal conversou com o grupo Las Martas, que se apresenta todos os domingos na Paulista, o grupo formado apenas por artistas mulheres de várias partes da América Latina que se encontraram aqui São Paulo, nos

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